A irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros na noite de quarta-feira, esteve nesta manhã no IML para fazer o reconhecimento do corpo. Anielle Silva disse que a família está muito abalada.
“Tentaram calar a voz dela, um sentimento de dor e de revolta por ela e pelo Anderson. Quero dizer que hoje a Maré com certeza chora, o Rio chora, o Brasil inteiro chora. Que a gente tenha Justiça. Ela só tinha um ano de mandato. Não tinha que ser assim, não era para ser assim. Vou lembrar dela com um sorrisão, uma pessoa muito boa, muito do bem, lutava muito pelas mulheres negras. A família está muito sentida. Ela não tinha sofrido nenhum tipo de ameaça”, afirmou a irmã da vereadora.
O vereador Tarcísio Motta (PSOL), muito próximo de Marielle, também esteve no IML e disse que todos estão muito consternados.
“Foi um atentado à democracia, meu gabinete era lado do dela, éramos amigos, estamos aqui para ajudar e nos despedir da família e cobrar uma investigação da polícia, queremos entender os motivos que levaram à execução dela. Seja qual for, o motivo era inaceitável. Muita brutalidade, parece nos dar um recado, mas não vamos nos calar”, disse.
A vereadora foi morta após deixar um evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Lapa. O crime aconteceu por volta das 21h30m na Rua João Paulo I, no Estácio, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam acompanhados de assessora da vereadora, que foi atingida por estilhaços. A principal linha de investigação é a de execução.
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