A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (22), em Manaus, a Operação Plastina, que investiga um suposto esquema de tráfico de órgãos humanos para um designer de roupas e acessórios em Singapura.
Agentes da PF estiveram no laboratório de anatomia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), de onde uma pessoa teria enviado uma mão e três placentas humanas para o tal estilista.
A corporação explicou que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Além da UEA, os agentes estiveram na casa do suspeito, que não teve a identidade revelada.
O investigado também foi alvo de um mandado para afastamento da função pública que exerce. Ele, agora, pode responder pelo crime de tráfico internacional e órgãos humanos, com pena prevista de até oito anos de cadeia.
Entenda a investigação
A PF agiu após receber uma denúncia anônima dando conta de que o suspeito havia enviado os órgãos plastinados para o designer, que produziria roupas e acessórios utilizando materiais de natureza humana. Por isso, a operação foi batizada dessa forma.
A plastinação é um processo de preservação de matéria biológica, no qual se extrai deles os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e lipídios, por meio de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas como silicone, poliéster e epóxi.
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